Descrevi o amor em
vários aspectos,
vivi o amor de várias
maneiras,
experimentei o amor de
muitas formas,
mas a vida, essa minha
vida de hoje
não me mostra nada
diferente,
vejo o amor como uma
luz através
da neblina, cansei de
amar sozinha
de servir a taça,
dividir a cama,
de encher o outro e
ficar vazia,
de aquecer e ficar
fria.
Estou esquecendo o
verbo amor,
o ato amar. Se faz
presente
outras necessidades
mais prementes.
Esse amor egoísta que
é Eros,
que serve para amar
apenas um,
não está mais cabendo
em mim.
Essa busca de amar e
ser amado
é como um bote sem
remos contra a maré,
em mim naufraga essa
possibilidade
e nem adianta as
lágrimas tentarem me afogar
não vou morrer por
essa necessidade.
Coube ao destino que eu
amasse sozinha,
mas tudo na vida tem um
fim. A tristeza,
a alegria, a paixão, a
dor, a luz, a escuridão,
a raiva, a noite e o
dia...
O que é o amor mesmo?
Marisete Zanon